Ana Pozza
Psicóloga e Psicoterapeuta Familiar - CRP 12/03244 - (48) 3371 7151
A importância do afeto e do diálogo!
Atenção! Adultos e pais conscientes!
O Direito de ser Criança, por Rubem Alves
Eu não falo italiano. Estava lá, andando invejoso entre os meninos. Aí um jovem, vendo meu sorriso de inveja, sem dizer uma palavra, veio empurrando um carrinho de rolemã e simplesmente me fez um gesto. Assentei-me no carrinho e lá fui eu, empurrado pelo jovem, correndo como se fosse piloto de fórmula 1, rindo de felicidade. E percebi que andar num carrinho de rolemã me dá mais prazer que guiar automóvel. Quando guio um automóvel sou adulto. Quando ando de carrinho de rolemã sou criança. Só tive uma reclamação a fazer: é que os carrinhos de rolemã são feitos para crianças – o que revela um miserável preconceito. Por que não carrinhos de rolemã tamanho adulto? Por acaso os adultos não têm direitos? Por acaso eles estão proibidos de entrar no mundo das crianças? E não se fala tanto em "inclusão"?
"O que as pessoas mais desejam é alguém que as escute de maneira calma e tranqüila. Em silêncio. Sem dar conselhos. Sem que digam: "Se eu fosse você". A gente ama não é a pessoa que fala bonito. É a pessoa que escuta bonito. A fala só é bonita quando ela nasce de uma longa e silenciosa escuta. É na escuta que o amor começa. E é na não-escuta que ele termina. Não aprendi isso nos livros. Aprendi prestando atenção."
In: O AMOR QUE ACENDE A LUA, Rubem Alves
Anorexia e Terapia Familiar
Ainda que demore a perceber a extenção do problema, a família é a principal, quando não única, linha que conecta a menina anoréxica ao mundo à sua volta. E é também o canal pelo qual ela tem maiores chances de se recuperar. Num estudo feito pelas universidades de Chicago e Stanford, 121 pacientes com anorexia, entre 12 e 18 anos, foram acompanhadas durante um ano para que se comparassem os resultados da terapia individual e da familiar. Ao final, constatou-se que 49% das pacientes em terapia familiar conseguiram se recuperar e apenas 10% tiveram recaídas. Entre as que fizeram terapia individual, 23% se recuperaram e 40% tiveram recaídas.
Algumas sugestões para ajudar os pais
Livre para comunicar
Famílias "diferentes", Famílias atuais
Maturidade, por Virginia Satir
Os pais amam mais um filho do que outro?
Se você perguntar para qualquer mãe, que tenha mais de um filho, qual deles ela ama mais a respostas é unânime: "Amo os dois igual, cada um do seu jeito". Mas será que isso é verdade ou realmente existe um favorito?
O recente livro que está dando o que falar "The sibling effect: what the bonds among brothers and sisters reveal about us" ou algo como "O efeito fraternal: o que as relações entre filhos revelam sobre nós", conta como o autor, Jeffrey Kluger, foi afetado na infância pelas predileções dos pais pelos irmãos.
(...)
Portanto, os pais devem estar atentos quando realizam tarefas em comum, ou partilham dos mesmos "hobbys" com um filho e esquece de criar laços com o outro. Uma ótima dica que a psicóloga Ana Pozza nos dá é a seguinte: "Reconhecer as afinidades e diferenças poderia ser uma boa proposta terapêutica para as famílias para auxiliar no processo de amar e do conhecimento mútuo, no lugar de preferir e dar privilégios mais a um do que a outro. Afinal, são filhos esperando serem amados por seus pais."
Alessandra Vespa (MBPress)
Leia mais em: http://vilamulher.terra.com.br/os-pais-amam-mais-um-filho-do-que-outro-8-1-55-751.html
Divórcio Emocional
Fredda Herz Brown
Brown, F. H. "A Família Pós-Divórcio", no livro:
Dicas para evitar o mau comportamento fora de casa
Do site Vila Mulher:
http://vilamulher.terra.com.br/dicas-para-evitar-o-mau-comportamento-fora-de-casa-8-1-55-701.html
São cada vez mais comuns casos de pais que deixam de lado a vida social por conta do mau comportamento dos filhos. Idas aos restaurantes e reuniões com os amigos se tornam coisas do passado.
Para a psicóloga Ana Pozza, se os pais não conseguem deixar as regras e limites claros às crianças ao ponto delas conseguirem afetar a vida social dos pais, é preciso estar atento para ver o que realmente está acontecendo.
"Uma criança chata, reclamona, constantemente chorosa, agressiva e perturbadora está expressando que algo não vai bem com ela ou mesmo com sua família".
"Às vezes, sem querer, a criança acaba servindo de recurso para impedir a vida social dos pais que não estão se relacionando bem. "Ou seja, como os pais não conseguem resolver essa situação entre si, ela os ajuda complicando a vida social deles. E assim, infelizmente, eles não olham para o real problema, o qual teria relação com a vida a dois. O problema se torna a criança. Mas não se deve esquecer que os filhos são reflexo dos pais e do ambiente familiar", alerta.
Muitos pais têm dúvida se devem ou não chamar a atenção do filho na frente dos familiares ou amigos, mas Ana explica que sim. "Se o filho é agressivo ou perturba os colegas, imediatamente, os pais devem tomar uma atitude. Ver o que está acontecendo, ouvir o que dizem, prestar atenção".
Se a criança for maior, em torno dos seis, sete anos, a psicóloga diz que é possível deixar para ter uma conversa mais longa em casa. "Mas no momento em que ocorre a má atitude e um adulto está observando esta cena, se deve intervir, sem ser agressivo, mas protegendo e ensinando a boa atitude. Ser permissivo é uma forma de a criança entender que não há problema em se comportar mal."
A psicóloga diz que os motivos desses comportamentos podem ser uma dificuldade dos familiares em colocar limites e até de manifestarem a afetividade entre si. "A criança que recebe afeto, cuidados, atenção e orientação tende a se comportar bem onde quer que esteja, principalmente porque quer ser um bom filho. Sabe que se comportando assim será recompensada com afeto", diz
E ressalta: "Colocar limites é dizer ao filho até onde ele pode ir, é expressar o quanto se preocupa com ele e que ele está protegido. Maus comportamentos demonstram o quanto estão precisando de limites e de atenção. Em casos mais graves, é preciso se investigar e ver o que está ocorrendo, se há problemas familiares, psiquiátricos ou neurológicos envolvidos."
Para evitar essas situações constrangedoras e, ao mesmo tempo, para instruir a criança, a doutora dá algumas dicas a serem seguidas:
- Seja também um pai de bons comportamentos. Os filhos tendem a imitar o comportamento dos pais;
- Seja afetivo e carinhoso ao educar e ensinar bons hábitos e princípios de vida;
- Esteja atento ao filho e procure entender e compreender o que está acontecendo para que ele se comporte da forma como tem feito;
- Aceite que os filhos são reflexo dos pais e do ambiente em que vivem e que o seu comportamento pode ser uma sintomática de outros fatores;
- Não permita que a insistência, a birra e a desobediência sejam atitudes que resolvam as situações, ou seja, tenha claro os limites e as regras para não ceder à pressão dos filhos;
- Saiba que dizer "não" é uma forma de cuidado e proteção à criança, um fator delimitador que a ensina até onde pode ir na sua interação com o mundo;
- O pai observando que se sente culpado ao colocar limites ao filho deve procurar as razões que o fazem sentir desta forma, uma vez que a permissividade pode ser uma forma de alimentar os maus comportamentos dos filhos;
- Converse frequentemente com os filhos sobre os seus comportamentos, procurando ensinar e instruir. Uma vez que a criança não nasce sabendo, vai atuar com os recursos que tem e ainda de acordo com a sua faixa etária;
- Seja amoroso e carinhoso sempre que possível com os filhos, precisando ser firme sem ser violento ou agressivo;
- Se necessário, procure ajuda especializada no processo de educação dos filhos