
A criança e o universo lúdico

Amor e Ódio
Raiva
Inveja
Vínculos Familiares
Terapia Relacional Sistêmica
A verdade seja dita
Françoise Dolto
"Violência sem Palavras", em "As Estapas Decisivas da Infância"
Cabe aqui salientar que um processo psicoterapeutico familiar otimiza este processo, não com um, mas alguns encontros que oportunizam esclarecimentos e intimidade, promovendo o crescimento saudável, a autonomia da criança e a harmonização familiar . Não se trata de despejar em cima da criança suas angústias, mas poder nomear o que acontece, situação pela qual a criança naturalmente vivencia no cotidiano familiar, mas muitas vezes não se fala a respeito, permanecendo todo o conteúdo não dito sob a forma de angústia, fobia ou ansiedade a todos os membros da família, em particular a criança que ainda não possui recursos próprios para poder elaborar a vivência. Complementando com F. Dolto: "Dar nomes, aí está. A criança necessita que tudo seja dito."
Família, Amor, Trabalho

Jack O. Bradt
Referência:
BRADT, J. O. Cap 11: Tornando-se Pais: Famílias com Filhos Pequenos. p. 222. In: CARTER & McgOLDRICK. As Mudanças no Ciclo de Vida Familiar. Porto Alegre: Artmed, 1995
Adolescência: dilemas e oportunidades
João Davi Cavallazzi Mendonça, Psicólogo e Terapeuta Familiar
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Intimidade

"Intimidade é um relacionamento carinhoso sem fingimento, uma revelação sem risco de perda ou ganho por qualquer uma das partes. É dar e receber, uma troca que aumenta porque facilita a consciência dos eus, de suas diferenças e semelhanças. É uma elaboração discriminante, encorajadora, das facetas de cada pessoa. Ela cria e sustenta o sentimento de pertencer a, ao mesmo tempo em que percebe a singularidade de cada indivíduo. A intimidade encoraja a continuidade. Ela é a energia sustentadora do movimento humano através do tempo. Ela permite que não pertençamos apenas ao presente, mas também àqueles que vieram antes e àqueles que vêm depois."
Jack O. Bradt
BRADT, J. O. Cap 11: Tornando-se Pais: Famílias com Filhos Pequenos. p. 212-213. In: CARTER & McgOLDRICK, As Mudanças no Ciclo de Vida Familiar. Porto Alegre: Artmed, 1995
Ser Pai/Mãe
Bert Hellinger
"Bert Hellinger, em Um Lugar para os Excluídos, retoma com Gabriele Ten Hövel, seus diálogos iniciados há 10 anos com a publicação de "Constelações Familiares". O autor narra com detalhes fatos inéditos de sua vida. Ao mesmo tempo, esclarece o caminho que o levou a suas principais descobertas, relata a evolução recente de seu trabalho sistêmico e responde às críticas levantadas ao seu trabalho no espaço cultural alemão."
"Os densos diálogos em "Um Lugar para os Excluídos" iniciam o leitor nos cinco círculos do amor e aprofundam a visão de Hellinger sobre temas importantes como o equilíbrio nas relações humanas. Consciência e culpa, reconciliação e paz."
Segue trecho do Livro de Bert Hellinger em parceiria com Gabriele Ten Höevel, em "Um Lugar para os Excluídos":
"O pai não precisa lutar mais"
Sobre a alienação dos filhos
- O senhor soube da sentença recente do Tribunal da Constituição Federal que o marido que duvida de sua paternidade não tem o direito de pedir um teste genético sem o conhecimento da mulher? O que o senhor acha disso?
A idéia de que com isso se protege a família é bem estranha.
- Afirma-se que essa medida protege o direito de personalidade da criança.
E, o direito de personalidade da mulher contra a realidade. Essa é uma profunda injustiça contra todos. É uma idéia insensata e, ainda por cima, foi convertida em lei! Eu me pergunto: como é que a criança ficará mais tarde?
Como filha de outro pai?
Principalmente quando souber que aquele que paga por ela não é o seu verdadeiro pai. Como se sentirá ela, como se sentirão seus filhos? Não se pensa absolutamente nas consequências. O teste é o único recurso do pai para confirmar sua paternidade. Às vezes é preciso brigar. Seria o último recurso para se obter justiça.
- Como pode encontrar paz um homem que foi assim enganado?
Ele deve dizer à criança: "É por você que faço isso". Então fica em paz, é
livre e preserva sua dignidade.
Seria um grande feito.
Certamente, mas seria a solução.
- Por outro lado, existem muitos pais que são enganados sobre sua paternida de. Às vezes são também mães que perdem os seus filhos. Um dos genitores toma os filhos e os aliena do outro, conscientemente ou não. Isso chega a um ponto em que a criança não quer mais ver o outro genitor - e aquele que conserva as crianças apoia isso, às vezes também o aplaude.
A criança sempre se decide da forma que convém àquele que tem o poder sobre ela. Ela não pode proceder de outra maneira, senão estaria em peri go, mas ela fica mal e guarda raiva por muito tempo contra a mãe ou contra o pai, se foi ele o responsável por sua alienação. Quem aliena a criança não ganha nada com isso, mas muitas vezes isso ainda não passou pelo sofrimento. Há coisas que só podem mudar depois que foram bastante sofridas.
- Os pais que lutam contra isso ficam, às vezes, muito desesperados. O que o senhor diz a eles?
Que digam à criança: "Estou sempre presente para você - isso você precisa saber - mesmo que eu não possa ver você agora. Continuo sendo seu pai e estou aqui para você. Você pode confiar em mim." A criança se tranquiliza,e o pai já não precisa lutar, apenas aguardar. Ao mesmo tempo, ele diz à criança: "Eu concordo com a sua mãe e concordo com o destino que ela é para você. Ela continua sendo a mãe certa para você e eu a respeitarei sempre. Você pode ficar com sua mãe enquanto ela precisar e enquanto você precisar dela." Então a criança fica aliviada.
- Mas o senhor mesmo diz que isso é difícil para a criança. Ela carrega um grande peso. Isso exige que se lute, para poupar-lhe coisas más.
A luta não leva a nada. Para a criança é difícil, não resta dúvida, mas ela cresce com isso. Não se pode lamentá-la. Quando alguém de fora vem e diz: "Pobre criança!" isso é mau para ela. A criança não é pobre, pois ela tem esses pais e, aconteça o que acontecer, ambos pertencem ao seu destino, ao seu desafio, mesmo ao peso que ela carrega - até que ela aceite isso e então cresça nisso e para além disso.
- Isso é muito difícil para a maioria dos pais homens. Soa para muitos de modo fatalista. Eles perguntam: "Devo simplesmente assistir a como se rouba a infância de meu filho?". E eles lutam.
A luta os coloca no mesmo nível da mulher. A criança fica esmagada no meio disso. "A criança me pertence!"? - Não, mas "Você não pertence a mim, você pertence a si mesma, mas eu sou o seu pai. Não reivindico você, mas você pode me ter. Para mim você é meu filho e eu sou o seu pai." Essa é uma solução maravilhosa e simples, boa para todos.
- E quando é muito difícil para os pais ficarem contentes com esta solução?
Então ainda podem dizer à criança: "Tenho ainda algo importante a lhe dizer: eu amei muito a sua mãe."
- O senhor exige muito das pessoas.
Isso é amor, amor verdadeiro.
Mais esclarecimentos sobre Alienação Parental
Maria Berenice Dias, desembargadora, em http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=8690
Indicação de Livro 1: Demian, Hermann Hesse
O livro é a autobiografia de Emil Sinclair, alguém que nasceu em um lar harmonioso e envolto pelo conforto da boa educação e dos bons costumes. A grande guinada em sua vida confortável e burguesa se dá quando, por conta de uma mentira que cai nas mãos de Franz Kramer, “um rapaz dos seus treze anos,corpulento e grosseiro”(p.27) que ao chantagear o menino Emil acaba por colocá-lo de frente com um mundo diferente daquele ao qual sua família pertencia, o mundo ideal, para levá-lo ao mundo real.
Para Sinclair este episódio foi “a primeira rachadura nos fundamentos sobre os quais descansara a sua infância e que o homem tem que destruir para poder chegar a si mesmo”(p.35). “Desses acontecimentos que ninguém percebe,é que se nutre a linha axial interna de nosso destino”(p.35).
Sua vida de menino toma novo rumo quando conhece Max Demian. A importância deste é tão grande que vai influenciá-lo por toda sua vida.
É importante destacar a pessoa de Demian: ele “era totalmente diverso de todos e possuía uma marca pessoal e singularíssima que fascinava”(p.46). Era um jovem que emanava uma sabedoria, “milenária, de certo modo alheio ao tempo, selado por idades diversas da que nós vivemos”(p.70). Demian nunca desaparecia por completo do horizonte de Sinclair.
“A ave sai do ovo. O ovo é o mundo. Quem quiser nascer tem que destruir um mundo.”(p.144). A grande mensagem deste livro é esta. E destruir um mundo não quer dizer violência, não, nos fala de romper com o passado e as tradições, de desligar-se do meio exageradamente cômodo e seguro da infância para começar então a busca pela razão de existir.
A história do amadurecimento de Sinclair não diz respeito a uma aristocracia intelectual; não se refere a pessoas que se julgam cultas e superiores o bastante para não se relacionarem com as outras pessoas, e sim de exaltar o indivíduo consciente de seu próprio caminho. Exalta o homem que não vive o “acaso”, mas que é senhor da sua vida. “Quando alguém encontra algo de verdadeira necessidade, não é o acaso que tal proporciona, mas a própria pessoa, seu próprio desejo e sua própria necessidade a conduzem a isso”(p.119).
“O impulso que te faz voar é o grade patrimônio humano, comum a todos”(p.127). Esse impulso,esse voar é a coragem que cada um deve ter para ser um homem verdadeiro,conhecedor de si.
Muitos por achar perigoso “renunciam de bom grado a voar e preferem caminhar,pela escala burguesa,apoiados nos preceitos legais”(p.127).
A vida é uma longa caminhada para dentro de si mesmo. Foi assim que viveu Emil Sinclair. Sempre lutando contra as influências externas que querem nos colocar no rebanho. Ele rebelou-se contra a unifomização e contra todos os processo de submissão do homem.
HESSE,Hermann. Demian. Trad. Ivo Barroso. Rio de Janeiro: Record, 2005. 187p.
(Retirando de http://nabilaraiana.blogspot.com/)
Jogos Colusivos na Vara da Família
Segue um trecho:
(...)
O médico psiquiatra Jürg Willi (1985), citado por Vainer (1999), criou o conceito de colusão, baseado da teoria psicanalítica do inconsciente e nas fases de desenvolvimento da libido, bem como no conceito de recalque e nas dinâmicas dos mecanismos de defesa da teoria de Freud. Colusão é um jogo inconsciente estabelecido entre os cônjuges, que se desenvolve desde a eleição do(a) parceiro(a) e que se aprofunda na relação conjugal, e no qual os conflitos são constantemente repetidos, imobilizando o outro na situação neurótica. O processo que se arrasta (muitas vezes por anos!) nas Varas dos Foros e Tribunais pode ter-se iniciado na eleição inconsciente do parceiro, na realização do casamento, no desenrolar da vida conjugal, no significado dos filhos, profissão e demais questões familiares para o casal, e finalmente, a maneira como esse casal se separa e resolve suas questões em litígio.
Willi (1985) parte da idéia de que problemas e conflitos de mesma ordem ou de classes complementares exercem uma grande atração entre as pessoas desde a primeira fase da relação conjugal, ou seja, na eleição inconsciente do parceiro. O casal em formação pode encontrar no outro as próprias dificuldades. As fantasias e idealizações baseadas na repressão e, portanto, inconscientes, emergentes do encontro do casal, constituem a predisposição para a formação de um inconsciente comum. Ambos depositam no outro a esperança de serem curados das próprias lesões e frustrações da primeira infância e, assim, libertados dos temores e culpas que provêm das relações anteriores.
Essa postura dos cônjuges se concentra cada vez mais nas identificações fundamentais das patologias comuns inconscientes, num jogo projetivo-introjetivo do inconsciente comum da relação. Como os conflitos de base geralmente são da mesma ordem, pode-se visualizar a relação como neurótica, já que possuem um inconsciente comum.
A partir dessas colocações, Willi (1985) define quatro conceitos modulares de conflito neurótico de relação, que serão analisados mais adiante:
colusão narcisista – o amor como ser um só;
colusão oral – o amor como preocupação de um pelo outro;
colusão anal-sádica – o amor como pertencer-se um ao outro;
colusão fálico-edipal – o amor como afirmação masculina.
Willi (1985) enfatiza que os tipos de colusão não são categorias matrimoniais e sim uma tentativa de diagnóstico dos conflitos básicos envolvidos na relação. Acrescente ainda que esses conflitos não são puros, podendo ocorrer mesclas ou superposições numa mesma relação.
Não se pode pretender que o conceito de colusão abarque definitivamente todas as explicações a respeito das relações conjugais. O que se estabelece aqui é a construção de um modelo teórico que busca entender o que acontece por trás dos litígios trazidos ao Judiciário. Deve-se observar que, em muitos casos, as pessoas utilizam o próprio Judiciário como elemento de manutenção do vínculo neurótico colusivo.
Autora: DENISE MARIA PERISSINI DA SILVA, Psicóloga
Leia o artigo completo em: http://psicologiajuridica.org/psj130.html
Alienação Parental

A Alienação Parental é uma dificuldade atual e cada vez mais presente nos processos de separação e luta pela guarda. Deve ser muito bem esclarecida, evitando-se as consequências às princípais vítimas da guerra estabelecida entre os pais ou cuidadores: os filhos, na maioria das vezes ainda crianças pequenas. Da mesma maneira, é importante cuidar para não se diagnosticar a Alienação Parental sem uma investigação mais apurada, uma vez que também tem sido recorrente se utilizar do termo de maneira banal, como também criar situações de denúncia falsa de abuso sexual e físico, para também poder afastar um dos pais do convívio do (s) filho(s). Essencial poder ser diagnosticada a Síndrome de Alienação Parental a tempo, sendo encaminhada a família para acompanhamento psicológico urgente.
Para tanto, esclarece-se:
Em 2009 foi aprovado pela Comissão de Seguridade Social da Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei 4.053/2008 que trata sobre a Síndrome da Alienação Parental. A SAP (Síndrome da Alienação Parental), é um termo proposto por Richard Gardner em 1985 para descrever a campanha em que a mãe ou o pai induz a criança a romper os laços afetivos com o outro genitor, provocando forte sentimento de ansiedade e temor em relação ao outro genitor.
Esse fenômeno já ocorre há muito tempo nas famílias brasileiras, porém vem gerando repercussão no âmbito legal face ao alto número de divórcios que duplicaram nos últimos 20 anos. O Projeto de Lei, que foi elaborado pelo deputado Régis Oliveira (PSC-SP), define e penaliza a alienação parental: o genitor que tentar afastar o filho pode perder a guarda e, se descumprir mandados judiciais, pode pegar até dois anos de prisão.
No Art. 2º expõe-se:
Considera-se ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou adolescente, promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a autoridade, guarda ou vigilância, para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este.
No processo de alienação parental observa-se:
- A criança é levada a odiar e a rejeitar um genitor que a ama e do qual necessita (FAMILYCOURTS, §3)
- O vínculo entre a criança e o genitor alienado será irremediavelmente destruído (GARDNER3, §66).
- Com efeito, não se pode reconstruir o vínculo entre a criança e o genitor alienado, se houver um hiato de alguns anos (GARDNER_ADDENDUM2, §2)
- O genitor alienado torna-se um forasteiro para a criança. O modelo principal das crianças será o genitor patológico, mal adaptado e possuidor de disfunção. Muitas dessas crianças desenvolvem sérios transtornos psiquiátricos (MAJOR, §57).
- O genitor alienador confidencia a seu filho, com riqueza de detalhes, seus sentimentos negativos e as más experiências vividas com o genitor ausente. O filho absorve a negatividade do genitor e chega a ser de alguma maneira seu terapeuta. Se sente no dever de proteger o genitor alienador (MAJOR, §55).
- O filho alienado sente que deve eleger o ambiente do genitor alienador. É ele quem tem o poder e a sobrevivência do filho dependente. Não se atreve a reconciliar-se com o genitor alienado. Somente contará o que não lhe foi aprazível durante a visita. Um detalhe ou um incidente isolado se mostra apropriado para o genitor alienador reforçar no filho a idéia que ele não é mais amado pelo outro genitor (MAJOR, §48 y 50).”
Gardner expõe alguns critérios de identificação: Obstrução a todo contato, Denúncias falsas de abuso, Deterioração da relação após a separação, Reação de medo da parte dos filhos.
O Projeto de Lei aprovado no mês de Outubro de 2009 no Brasil, estabelece:
Parágrafo único. São formas exemplificativas de alienação parental, além dos atos assim declarados pelo juiz ou constatados por perícia, praticados diretamente ou com auxílio de terceiros:
I - realizar campanha de desqualificação da conduta do genitor no exercício da paternidade ou maternidade;
II - dificultar o exercício da autoridade parental;
III - dificultar contato de criança ou adolescente com genitor;
IV - dificultar o exercício do direito regulamentado de convivência familiar;
V - omitir deliberadamente a genitor informações pessoais relevantes sobre a criança ou adolescente, inclusive escolares, médicas e alterações de endereço;
VI - apresentar falsa denúncia contra genitor, contra familiares deste ou contra avós, para obstar ou dificultar sua convivência com a criança ou adolescente;
VII - mudar o domicílio para local distante, sem justificativa, visando dificultar a convivência da criança ou adolescente com o outro genitor, com familiares deste ou com avós.
Se você conhece alguém que está passado por esta situação, esclareça! E se é você quem está vivendo afastado dos seus filhos ou de um dos seus pais por estes motivos, entre em contato com seu advogado, psicólogo, assistente social ou associação de pais separados. O processo é complexo, mas toda criança/adolescente merece a convivência com seus pais e a atitude de querer afastar um deles merece intervenção, por se tratar de um comportamento não adequado e que necessita de auxílio urgente, por provocar sequelas psicológicas traumáticas a todos os envolvidos.
Para mais informações procure:
http://www.alienacaoparental.com.br/
http://amorteinventada.com.br/
A Família
“A família, em um sentido psicológico, é formada pelas interações de todos os seus membros, por seus sentimentos uns pelos outros e pela maneira como estes são integrados na vida cotidiana.” (...) “Como a família é uma unidade social, todos os seus membros influenciam-se mutuamente.”
“Uma família cujos membros se culpam uns aos outros pelas dificuldades que têm de enfrentar jamais será uma fonte de apoio e consolo. Numa família que apóia, as pessoas sentem que não importa o que possa acontecer, encontrarão o apoio emocional de que precisam. Mas, se estivermos convencidos de que nunca devem ocorrer dificuldades dentro da família e de que só acontecerão por culpa de alguém, essa atitude hipercrítica destruirá a estrutura de apoio inerente à família."
Trechos retirados do livro de Bruno Bettelheim, Uma Vida para seu Filho.
A importância de pertencer

“O sentimento de pertencer desenvolve-se primeiro e principalmente dentro da família e do lar (...). “pertencer” significa ter um lugar legítimo. Um lugar legítimo é o lugar que conquistamos para nós mesmos, primeiro amando e sendo amados da maneira certa, mais tarde por meio de nossos próprios esforços. Só isso torna um lugar seguro, só nosso." (pg 300)
"Mas o que necessitamos para nossa segurança é sentir e saber que alguém permanecerá ao nosso lado e trabalhará conosco ou para nós e compartilhará nossas tristezas e dificuldades quando as coisas não estiverem caminhando bem." (pg 305)
“A instabilidade na vida da criança faz com que seja muito difícil para ela, se não impossível, desenvolver um sentimento de pertencer.”(pg 310)
BETTELHEIM, B. Uma vida para seu filho. 26ª ed. RJ: Campus, 1988