Raiva

"A raiva primária surge quando sou atacado. Essa raiva me dá forças para eu me defender e por isso ela é boa. Ela me torna capaz de agir. No entanto, a raiva mais intensa que surge é fruto de fantasias. Fica-se com raiva mas não age. (...)

A raiva também tem a ver com um direito que não reivindico. Se não reivindico o direito que tenho, fico com raiva. Essa raiva também surge como substituto para a própria ação.

(...)Os sentimentos decisivos são, no fundo, a dor e o amor. Em vez de encarar a dor, eu talvez fique com raiva. Assim, por exemplo, alguém lembra-se durante a terapia que apanhava quando pequeno e sente então raiva do agressor. Se sente raiva, não sente a dor. Entretanto, se ele disser: "isso realmente me magoou", passa para um outro nível, mais introspectivo e muito mais forte. Isso penetra mais fundo do que dizer com raiva: "você vai me pagar!"

Bert Hellinger, em "Constelações Familiares"

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