Reflexão para uma vida equilibrada

"Conheço pessoas que se gabam de nunca ter tirado férias. Chegam muito cedo ao trabalho e são as últimas a deixar a empresa. Será que elas têm uma vida familiar equilibrada? Será que têm capacidade mental para decidir com tranquilidade e equilíbrio? Será que sabem da importância do relaxamento e da meditação para a criatividade e a inovação? Será que estão dando o melhor de sua inteligência e de sua vontade para a construção do futuro da empresa, a satisfação dos clientes, o bem-estar e o desenvolvimento da sociedade em que vivem? Não serão apenas ativas e pouco produtivas?

Temos que nos reeducar para que voltemos a pensar, cismar e questionar se o que estamos fazendo é realmente o que deveríamos estar fazendo. Precisamos desenvolver uma enorme disciplina para parar, nem que seja por alguns instantes. Parar para pensar. Parar para colocar as coisas nos devidos lugares em nossa mente atribulada por tanta informação.

É preciso ter disciplina para que a inteligência comande nossos atos, e não o tempo, as emoções ou os apelos da mídia.

Será que tudo isso que você está fazendo, com tanta urgência e desespero, é o que você deveria estar fazendo?"

Luiz Marins, antropólogo - na Revista Voe, abril 2011

Filhos Tímidos: Como agir?




Por Juliana Falcão (MBPress)
http://vilamulher.terra.com.br/filhos-timidos-como-agir-8-1-55-602.html

Esconder-se atrás dos pais, não se relacionar com outras crianças e não falar nem o próprio nome para pessoas que não conhece são algumas características da timidez. E é justamente na fase de socialização que este problema se torna mais evidente.

Estudos apontam que a timidez pode sim ser algo genético, mas é importante lembrar que não é uma doença e dá para ser tratada com ajuda de psicólogos.

Uma criança tímida provavelmente não vai se tornar o adulto mais popular e extrovertido da turma, mas isso não significa que seu filho passará a vida toda retraído.
Para a psicóloga e psicoterapeuta familiar, Ana Pozza, em certos casos, a timidez se faz presente desde o berço. "Devemos analisar como a criança reage aos estímulos de um adulto e qual o comportamento dela ao receber um brinquedo. Se ela ficar apática, pode ser que seja tímida", explica.

Na fase de socialização, outros sinais aparecem. "Ela passa a não querer ir à escola, não quer sair de perto da mãe, não quer conversar com a professora nem mesmo ir ao banheiro e fica sempre quieta, num canto, sem se relacionar com os amiguinhos", conta Dra. Ana. "Há ainda crianças que se relacionam muito bem com pessoas da idade e que na presença de um adulto se calam ou vice-versa. Este comportamento também pode estar relacionado à timidez".

Quando os pais também sofrem desse desconforto ou são superprotetores contribuem para que a criança apresente sintomas de timidez, pois a cercam de cuidados excessivos e, consequentemente, de medos. "Ao mesmo tempo, pais exigentes, que forçam o filho a fazer o que não gosta, também ajudam a desencadear o problema", acrescenta a psicóloga.

A timidez pode aumentar ou diminuir, tudo depende da assistência dada à criança. Forçá-la a ter amigos ou a frequentar eventos sociais, ou ainda, fazer comparações e exigir que ela seja igual ao coleguinha, por exemplo, são atos que contribuem para o aumento do problema. Cada criança tem seu tempo e é essencial saber respeitar seus limites. "As crianças tímidas e introspectivas costumam ser muito observadoras, o que não deixa de ser uma qualidade", aponta Dra. Ana.
E afirma: "Um erro grave que os pais cometem com frequência é falar pela criança, terminar as frases por ela. Ou contar na frente de outras pessoas que ela não se comunica porque é tímida. Atitudes como essas desestimulam os pequenos e pode causar insegurança nelas."

Por outro lado, os pais passam a ajudar a criança quando criam um diálogo com ela, a estimula a conversar sobre qualquer assunto. Outra ação positiva citada pela psicoterapeuta é ajudar o filho a montar um círculo de amizades, levando-o para conhecer outras crianças do prédio ou do bairro onde mora. "Dentro das escolas, uma medida interessante é escolher a criança tímida para ajudar a professora. Dessa forma, você incentiva a socialização dela".

Dependendo da idade da criança, uma forma de melhorar a comunicação é motivá-la a fazer as mesmas coisas que os amiguinhos fazem. Um exemplo dessa ação vem de outros países. Lá fora é mania trocar Silly Bandz, umas pulseiras de borracha de diferentes formatos. Essa prática é comum entre os pequenos de seis e sete anos, fase em que eles passam mais tempo interagindo com os colegas e são influenciadas pela propaganda.

Apesar de ser um modismo, Dra. Ana apoia a ideia. "Dessa forma a criança tem a sensação de pertencimento, de ter igual aos outros. Quando ela não participa de atividades como essa, se isola e se sente diferente, aumentando os sintomas de timidez e a abertura para fazer amigos".

Para tratar da timidez, a especialista recorre à terapia familiar. Isso porque, segundo ela, não adianta tentar mudar o comportamento do filho se os pais também não se propuserem a fazer o mesmo. "Conversamos com todos, criamos condições para que a criança se desenvolva. E afima: "Muitas vezes, a timidez é consequência do meio em que a criança vive", diz Dra. Ana.